Até porque faltam menos de três meses para acabar o prazo
para filiação partidária dos que pretendem ser candidatos em 2018, parece que
resolveram antecipar o final de 2017. Fala-se já nas eleições como se fosse
tudo favas contadas. Mas não é bem assim. Muita água ainda vai rolar. Espera-se
que por debaixo da ponte.
Já faz algum tempo que se tornou tradição quem decola na
frente ser o último a pousar. Mas ainda assim há quem insista em festejar
pesquisas que apontam o candidato de sua preferência como estando em primeiro
lugar na preferência do eleitorado. E se o avião cair? Essa é uma pergunta que
desde o acidente com Eduardo Campos não pode ser descartada.
No âmbito nacional, nem vale a pena comentar. Até agora só
apareceram idiotas e sonsos. No âmbito estadual o quadro é exatamente o
inverso: sonsos e idiotas. Onde é que vamos parar? Bem, achar que tudo isso vai
parar por si só já é algo que exige uma boa dose de otimismo. E mais otimismo
ainda é necessário para achar que vai parar bem.
Para não ficar apontando pessoas como sonsas ou idiotas, não
convém falar de pré-candidatos. Falemos de pré-candidaturas, de partidos e
coligações. Onde idiotas recebem o apoio de sonsos e sonsos recebem o apoio de
idiotas. Basta passar os olhos sobre o noticiário para perceber que é nesse
sentido que as forças políticas vêm se aglutinando.
Em que pese suas maiores cidades virem se consolidando
social e economicamente como polos universitários, Rondônia se depara com
fortes pretensões de candidatura (não confundir com fortes pré-candidaturas)
que têm como traço maior o desprezo à escolaridade. É óbvio que alguma coisa
está errada, mas a sonseira e a idiotice, quando se unem, não deixam espaço à
mínima reflexão inteligente.
A Assembleia Legislativa, que em seus primórdios já foi
reduto de agrônomos, médicos, advogados e professores, caminhou ao longo da
história em rumo diametralmente oposto. Pior é pensar na possibilidade – ou deparar-se
com a pretensão – de que o Poder Executivo seja contaminado mais uma vez por
essa tendência neo-pós-apocalíptica.
Ainda bem que 2017 ainda não acabou.
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